domingo, junho 27, 2010

Inóspito



Muitos dos lugares da nossa infância são inóspitos. Sejam-no em sentimentos ou em natureza física.

Era fácil.

Procurávamos os sítios mais estranhos para as nossas brincadeiras e correrias. Penso que esse facto se deve a ter-mos uma noção distorcida do que era conforto.

Por essa altura a palavra "conforto" resumia-se aos companheiros de "armas", roupa mais ou menos suja e algumas esfoladelas nos joelhos e nos cotovelos à laia de "troféus de guerra".

Quanto aos lugares de inóspicidade sentimental, esses encontram-se nas nossas mentes. As primeiras desilusões amorosas, as primeiras contrariedades ou mesmo a primeira derrota no jogo do berlinde. Como todos os cantos inóspitos estes obrigavam a um crescimento a partir da sobrevivência.

Se a inóspicidade física nos prepara para o mundo real e para os desafios físicos, a outra prepara-nos para lidar-mos com a vida e com os seus revezes.

Contudo, e dependendo da nossa preparação física e mental, vamos superando os desafios que o "Inóspito" nos apresenta.

quarta-feira, junho 23, 2010

AHHHH!!!!!!!!

Pronto... É oficial! Estamos a criar uma nova geração de "analfabrutos" e pseudo-estudantes.

É pavoroso ao que se assiste hoje em dia. Então nos cursos de formação é de bradar aos céus. Mas o que é que se pode esperar mais.

Tudo começa porque (IMAGINE-SE) tenho um formando que num módulo de 50 horas assistiu a 6 (mais ou menos). O que é que isto deu... CHUMBOU...

Vou eu na minha inocência de crente no sistema... (sim também ainda não fui vacinado contra isso) e apresentei as minhas notas. Espanto dos espantos... Tenho que arranjar uma estratégia de recuperação para um marmanjo de 20-e-troca-o-passo anos porque o formando tem que ter oportunidade de recuperar.

Ora valham-me todos os Santos... Então aquele senhor anda a ganhar o dinheiro que eu lhe pago (sim... porque eu e todos nós pagamos isto), sem fazer a ponta de um chavelho e porque lhe apetecia andar na boa-vai-ela tenho que descobrir uma forma do rapazito não ficar prejudicado...

Isto há cada uma que parecem 3...

AAAAAAAAAAAAAaHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, junho 06, 2010

Quase de volta ao trabalho... ehehe

Pois é... As férias estão a acabar e já se prepara o regresso às lides.

Foi bom enquanto durou... Mas regressar a um trabalho que gostamos de fazer é sempre bom.

As férias souberam bem na medida em que deu para retemperar as forças e repensar formas de ser e de agir. O regresso vai ser bom porque, apesar de estar a descansar, já sinto falta do trabalho. É muito tempo sem fazer nada. Dá com qualquer pessoa em maluco.

Assim espero pelo meu regresso o mais rápido possível.

Mas quanto a isso eu vou dando noticias.

sábado, junho 05, 2010

O Amor e a Rosa...

O que é o Amor?

Se perguntarem a um médico ele dirá que é um estado psíquico e fisiológico onde hormonas interagem criando uma sensação de bem estar.
Se perguntarem a um casal de recém apaixonados eles dirão que é tudo...
Se perguntarem a uma mãe que acabou de dar a luz o seu primeiro filho ela dirá que não existe nada que se compare ao sentimento de amor que sente naquele momento.
Poetas dizem que é o tudo e o nada, que é isto e aquilo.
Para mim o Amor é um estado de graça... Uma infinita vontade de agradecer e louvar aquilo que temos. É a semelhança quase perfeita do paraíso.
Há uma musica que descreve o Amor perfeitamente (na minha modesta opinião).

The Rose (Bette Midler)

Some say love it is a river (Alguns dizem que o amor é um rio)
that drowns the tender reed (Que afoga o terno caniço)
Some say love it is a razor (Alguns dizem que o amor é uma lamina)
that leaves your soul to blead (Que deixa a alma a sangrar)

Some say love it is a hunger (Alguns dizem que o amor é uma fome)
an endless aching need (Uma interminável e dolorosa necessidade)
I say love it is a flower (Eu digo o Amor é uma Flor)
and you it's only seed (E tu a sua única semente)

It's the heart afraid of breaking (É um coração com medo de se quebrar)
that never learns to dance (Que nunca aprende a dançar)
It's the dream afraid of waking (É um sonho com medo de acordar)
that never takes the chance (Que nunca arrisca)

It's the one who won't be taken (É aquilo que nunca será tomado)
who cannot seem to give (Aquilo que não é dado)
and the soul afraid of dying (É a alma que, com medo de morrer)
that never learns to live (Nunca aprende a viver)

When the night has been too lonely (Quando a noite é tão solitária)
and the road has been too long (E a estrada foi tão longa)
and you think that love is only (E tu pensas que o Amor é somente)
for the lucky and the strong (Para os sortudos e os fortes)

Just remember in the winter (Lembra-te que no Inverno)
far beneath the bitter snows (bem debaixo da neve amarga)
lies the seed that with the sun's love (Está a semente que com o amor do Sol)
in the spring becomes the rose (Na primavera será uma Rosa)

Quem está apaixonado ou já se apaixonou sebe do que falo... Mesmo quando tudo parece perdido, o Amor "teima" em aparecer.

quinta-feira, junho 03, 2010

Catedral...


Como é possível que dentro de nós todos exista um deserto? Uma imensidão de nada. Onde nos perdemos com a maior das facilidades!
Sim, todos nós temos um deserto dentro de nós. Esse lugar onde deixamos que, tudo o que é supérfluo, cresça e nos consuma. Aí deixamos as nossas emoções mais negativas, a nossa parte mais negra da nossa alma. Aquilo que não queremos mostrar com facilidade.
Apesar disso é onde somos completos... Não podemos ser unos sem a nossa parte negativa. Podemos suprimi-la... Calca-la debaixo de "toneladas" de maquilhagem social, mas temos sempre essa parte de nós que nos quer engolir ao primeiro descuido.
É nesse deserto anímico que podemos criar o oásis dos nossos sonhos. O sitio onde podemos recorrer de modo a manter a sanidade mental na adversidade. É ai que devemos, edificado com amor e compreensão, criar a Catedral da Vida.
Aí dentro devemos manter a pureza, a inocência, a alegria... em suma, todos os sentimentos que fazem de nós bons seres humanos.
Contudo, a Catedral não consegue sobreviver sem o deserto que está ao seu redor... é ele que a sustenta e a mantém de pé.
Também nós não somos capazes de ser, unicamente, "bons". Precisamos de temperar a "bondade" com uma dose de egoísmo e egocentrismo.
Quem é que nos pode conhecer assim? Toda a gente! Todos devem conhecer o melhor e o pior de nós. Só assim nos damos a conhecer verdadeiramente. Sem mascaras... sem entraves...
Essa é a premissa da Catedral. Unir o Bom e o Mau que há em nós.
Pois nós não somos nem preto nem branco. Somos feitos de uma miríade de tonalidades e matizes que têm a mesma matéria de que são feitas as estrelas.

quarta-feira, junho 02, 2010

Devaneios (ou fritanços)

Xiça...

Hoje acordei com uma neura que nem o meu cão atura!!! Ando capaz de explodir com tudo e com todos. Bem tento engolir em seco e fazer descer os sapos que tenho que engolir mas os "sacanas" têm garras e seguram-se bem.

É triste quando vemos os nossos esforços a desapareceram à frente dos nossos olhos. Ver que o que estamos a fazer é levado pelo vento...

Só me faz lembrar a história do agricultor. Cuida do pasto, alimenta-o e rega-o todos os dias... vem uma vaca qualquer e leva tudo o que fizemos até ai!...

Raiva.

O pior é quando o raio do agricultor não faz nada para enxotar a vaca e fica a espera que os outros façam as coisas por ele...