quinta-feira, julho 29, 2010

AC portátil PRECISA-SE

Alentejo... Pico do Verão...

Ando a passear pelas ruas com um palmo de língua de fora qual cão esfalfado. No termómetro da farmácia cá da zona os números são cruéis… 41 graus…

ARG!... Isto de viver numa zona que para os turistas é um paraíso é de loucos. Nem a praia vale de nada num dia assim. Segundo relatos fidedignos de quem lá está, corria um vento quente que mais fazia lembrar um dia no deserto do Sahara.

Apesar disso eu até gosto de ir a praia, mais que não seja para ver os senhores ingleses, mais brancos que um anuncio à Lixívia a “lagartar” ao sol.

Depois de 2 ou 3 horas para cada lado (sim, porque parecem mais um naco de carne a grelhar nas brasas) é vê-los a tomar uma maravilhosa e luzidia cor vermelho-vivo que, só de olhar, dá arrepios de dor.

Giro, no meio de isto tudo, é imaginar as dores que aquelas santas almas irão ter a noite. Isto porque um escaldão daquela envergadura, é coisa para nem permitir um lençolzito no corpo.

Mas o importante é que os “bifes” vão mais contentes que uma criança numa loja de gomas para casa porque estiveram a passar férias em Portugal.

Ora valha-me a Santa…

O que é que isto tudo tem que ver com o AC portátil... EU QUERO UM PARA ANDAR COM ELE ÀS COSTAS... SÓ PORQUE SIM!!!

domingo, julho 25, 2010

Pedaços de mim...

Sinto que vou deixando neste mundo pequenos pedaços de mim em cada coisa que faço. Por cada rosto que percorro e que foi "meu" por algum tempo deixei marcado a minha pessoa.

Sinto que cada um dos meus amigos é um pouco de mim também. Nas nossas alegrias, nas nossas tristezas, nas nossas vitórias e nas nossas derrotas. Partilhamos emoções e pensamentos. Cavalgamos o vento e descemos ao mais profundo abismo. Sou, sem sombra de dúvida, parte de todos os que um dia cruzaram o meu caminho.

Mas sou também aqueles que, por uma razão ou outra, tive que enfrentar. Aqueles a quem não consegui ou não quis tocar de uma forma "boa".

Cada recanto a minha memória guarda um pedaço de mim... um bocado da minha vida, tenha sido ela boa ou má.

Eu sou uma pessoa de primeiras impressões. Tento combater este sentimento mas raramente me engano no que sinto pela primeira vez. Esta forma de pensar e agir acaba por condicionar a forma como me relaciono com os outros, e a maneira como deixo o meu pedaço em cada um deles.

Tenho tido sorte ao longo da minha vida. Tenho guardado mais pedaços bons que pedaços maus. Isto porque os outros também deixam em mim parte deles.

Talvez por isso eu possa dizer que sou alguém que já tem uma "arca" de bocados de história para contar. Pequenos mundos... Grandes Universos.

quarta-feira, julho 21, 2010

Lindissimo Fado




Que VOZ e que Letra...

AI!!!!!!!!!! 33...

Xiça... Penico...

33 anos de Idade... E sem juízo nenhum... As coisas que me acontecem.

Ora, se estava a espera de ficar cada vez melhor como o vinho do Porto (publicidade a parte), fui enganado... Estou cada vez pior...

Estou cada vez mais maluco e mais sem juízo... eheheh!!

Mas também não faz grande diferença. Como o País anda o melhor é fingir a estupidificação, gritar a plenos pulmões a nossa insanidade mental e jogar para trás das costas tudo o que pareça muito sério. Sim, porque para sério já basta esta coisa a que chamamos de vida.

Eu até não me posso queixar muito. Foram 33 anos bons. Fazendo um resumo de tudo o saldo é francamente positivo.

Por isso, e porque hoje faço anos, esta noite é festa RIJA!!! Sim... Não sei como vai ser amanhã mas eu prometo contar.

P.s: EU TAMBÉM TE AMO MUITO FOLGUINHAS

sexta-feira, julho 16, 2010

Às más linguas... Mordam-se.

As coisas que nos acontecem são de bradar aos céus... Literalmente.

Então é assim... amigos todos nós temos. Namoradas/os também os tivemos ou temos. E pessoas que não têm mais nada que fazer senão meter o nariz onde não são chamados também...

A essas pessoas faz muita confusão o porque de não estarmos minimamente interessados nas conversas que elas querem ter sobre a vida de "fulano" ou "beltrano". A mim pouco me importa se "A" vestiu vermelho ou "B" expirou em Fá #- (Fá sustenido menor).

Mais confusão me faz, quando sabendo que me estou pouco a borrifar para essas conversas, as pessoas teimam em vir falar comigo. E fico chateado, com certeza que fico chateado (parafraseando os "Gato Fedorento").

O pior de tudo é que me torno taciturno e malcriado com quem quer ter este tipo de "coscuvilhice" com a minha pessoa...

Então foi assim... Certa pessoa (que conheço do meu local de trabalho, mas nem falo particularmente bem), me vinha dizer que alguém lhe disse que,...

Não sei que raio de olhar é que eu dei à senhora, mas ela perguntou se eu estava maldisposto. Respondi prontamente... Sim, ainda hoje espero que as pessoas mordam a própria língua e se engasguem no próprio veneno.

Só depois de dizer é que vi o que tinha saído. Mas já era tarde. Comeu e calou e eu dei meia volta aos cavalos e fui a minha vida.

segunda-feira, julho 12, 2010

Um conto

Bem... Estou a aventurar-me pelo campo da escrita.

Estou a tentar escrever um pequeno conto... Nada muito ambicioso...

Está a ser um "parto difícil" mas quero que fique bem escrito. Vou dando noticias de como está a correr.

quinta-feira, julho 01, 2010

Disparou!!

E "disparou"... Num pulsar de adrenalina lançou-se no desconhecido, inspirando a distância que o separava da meta em golfadas de vento.

Minutos antes tinha estado num espaço só seu. No seu pequeno mundo. Agora pertencia ao cosmos. Fazia parte de tudo e tudo era parte de si.

Os seus pés, há pouco tempo serenos, eram agora dois cometas em busca de um lugar ao sol. Mal tocavam o solo... Antes parecia que voava ao invés de correr.

Tinha um único sonho… um único propósito… Chegar ao fim. Marcar a sua posição.

Milhares de olhos viam-no mas só dois interessavam. Dois olhos que ele só podia ver com os olhos da alma.

Esses dois que o tinham disparado para as competições, para a ribalta das corridas. Os olhos do seu pai.

Os olhos que o tinham visto crescer e que o tinham incentivado a correr e a viver. Os olhos que ele tinha visto lutarem por tudo aquilo em que acreditava. Até aquele fatídico dia em que entrou na loja do bairro.

Era um dia calmo, não muito diferente do dia de hoje. O sol brilhava e os pássaros pipilavam alegremente. Ia com o pai comprar leite para a sua irmã mais nova. Corria a frente do seu pai sem reparar no assalto que decorria na loja do bairro.

Um rapaz (pouco mais velho que ele) saía de arma em punho, abraçando o que conseguira arrancar ao velho dono da loja.

O seu pai tentou acalmar o jovem… mas ele disparou… Tal como ele disparara naquela pista e correra lembrando-se daquela bala que roubou a vida daquele que mais amava.

A bala tirou-lhe o Mundo… A lembrança deu-lhe o ouro… E foi tudo pelo pai…

Aquele que disse um dia… “Tem calma, não dispares”… Mas ele disparou.

Também "disparado" na Fabrica de Letras