Perguntaram-me o que mais prezo em mim...
Eu respondi a memória.
Com ela recordo-me sempre de quem me ama, ainda que esteja muito longe de mim.
Graças à minha memória consigo recordar-me de coisas boas, mentos que passei junto de quem me quer bem.
A pessoa olhou para mim e perguntou-me se só recordava o bom.
Eu respondi que não. Também me lembro do mau. Dos erros que cometi e das pessoas que conheci e que não deixaram boas recordações.
Mas até desses eu preciso. Os erros foram servindo para eu aprender com eles. Foram formas de crescimento. As pessoas, essas foram maneiras de eu nunca mais me aproximar de quem não devo.
Alguém que ouvia perguntou-me e nunca perdoas... Fui rápido e seco na resposta... NÃO!
Perdoar é esquecer. É como se a acção nunca tivesse acontecido. É olhar para a pessoa e conseguir deixar de pensar naquilo que fez de mal.
Posso desculpar (eventualmente), mas perdoar não.
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