Beja, 18 horas... após ter deitado o lixo fora, resolvemos metermo-nos à estrada a caminho de Moncarapacho, Olhão (nada de ficar com os cabelos em pé com o nome da terra).
A noite (sim, 18 horas e é noite cerrada) mais parecia saida de um filme de terror. Escura e sem lua (as nuvens não deixavam a lua aparecer). Relâmpagos e chuva completavam o cenário. Sim era uma noite perfeita para viajar cerca de 200 kms.
Ainda o que me animava pelo caminho, era o facto de ir com a minha mulher... a companheira de inúmeras viajens e que está sempre bem disposta (quando não adormece ao fim de meia hora de viagem).
Corria tudo bem até chegar à estação de serviço (uma das muitas que povoam as nossas estradas). Paramos para tomar algo semelhante a um café. O esforço da condução com pouca luz, a auto-estrada e o facto de estar acordado desde as 7 horas da manhã começavam a pesar pouco a pouco nos meus olhos.
Sabem a sensação que temos quando achamos que não fazia mal fechar os olhos nem que fosse por uns minutos... Era essa sensação queeu tinha, mas a conduzir.
Era cada vez mais difícil manter os olhos abertos e a paragem na estação de serviço foi mais que bem-vinda.
Aquilo estava deserto (ou quase). Meia dúzia de pessoas olhavam estantes, arcas e expositores. Uns com olhares perdidos no nada. Outros compravam algo para ir mastigando pelo caminho que ainda faltava até ao seu destino. Eu, por outro lado, a única coisa que queria era um café... Algo que me mantivesse acordado, o resto dos kilometros que faltavam.
Porque será que quando chegamos a este tipo de comércio temos a tentação de comprar mais do que realmente precisamos... Enfim. Além do café ainda comprei uma revista que nada tinha a ver com nada (daquelas que não interessam nem ao menino Jesus) e algo parecido com uma empada, que mais parecia saida de um comfronto com uma manada de búfalos (a empada tinha perdido).
Com isto tudo...Revista, café e a espécie de empada foram quase 8 euros...
Fiquei quase em choque... Xiça as coisas assim são caras.
O resto do caminho foi feito comigo muito acordado. Não tanto pelo efeito estimulante da dose de cafeína ingerida, mas mais pelo meu rico dinheiro deixado por coisas sem consistência real...
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